O presidente da Conferência Episcopal da Austrália, o arcebispo Philip Wilson, pediu à Amnistia Internacional que reveja a sua nova política promotora do acesso ao aborto.
O prelado afirmou na passada Terça-feira que o abandono da Amnistia Internacional de uma posição neutra sobre o aborto, “é profundamente reprovável”, segundo uma nota da Conferência Episcopal.
O Arcebispo de Adelaide, D. Wilson afirmou que “os católicos eram membros da Amnistia Internacional há muito tempo, desde seu início, e as duas realidades foram muito próximas no seu compromisso pela justiça social”.
“Mas a Amnistia Internacional adoptou agora uma postura, sob a enganosa definição de ‘direitos sexuais e reprodutivos’, contrária à compreensão católica da dignidade da pessoa e da sexualidade humana”, adverte.
Com a adopção de tal postura, a organização internacional “assume um conceito dos direitos humanos não para o bem da pessoa, mas simplesmente na autonomia do indivíduo”, constata.
Como confirma o Arcebispo Wilson, “esta decisão levou algumas pessoas, inclusive alguns grupos escolares católicos, a renunciar à sua posição de membros da Amnistia Internacional e a procurar outras formas de alcançar os mesmos objectivos de lutar contra a injustiça, pôr fim aos abusos dos direitos humanos e ser solidários com os presos e oprimidos”.
O Arcebispo afirma que em 2006 teve ocasião de dirigir duas cartas, em nome da Conferência Episcopal Australiana para pedir à Amnistia Internacional que abandonasse posição. “Apesar de pedidos similares de pessoas de todo o mundo, a Amnistia Internacional decidiu levar adiante a nova política”.
O Arcebispo Wilson afirma ainda não ser tarde demais para que a Amnistia Internacional faça “um balanço dos prejuízos provocados por esta mudança de política e volte à sua precedente postura neutra sobre o aborto”.
Redacção/Zenit