Vaticano

Bispos da Guiné-Bissau e Cabo Verde condenam formas de mutilação e exploração das crianças

Octávio Carmo
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Os Bispos da Guiné-Bissau, Senegal, Cabo Verde e Mauritânia condenaram duramente todas as formas de mutilação e exploração das crianças, na sua mensagem para a Quaresma de 2004. O documento traça um perfil da situação da infância nestes países, a partir da tradição africana, segundo a qual “a criança é vista como um dom de Deus, e desde a sua concepção, é amada, desejada, aguardada e amada”, mas os Bispos não querem idealizar excessivamente o passado, já que “persistem formas de mutilação e exploração da infância ainda defendidas pela tradição”. “Diante dos desafios da modernidade - dizem os Bispos - as sociedades africanas não escapam ao terramoto que atinge as bases tradicionais da educação, e até mesmo da visão da pessoa humana e da vida”. Os prelados recordam também “as várias situações criadas por adultos que colocam em perigo a vida e o futuro das crianças”. Entre estas estão a guerra, o abandono das crianças na rua, a mendicidade, a pedofilia e a pandemia da Sida. Diante desta situação, os Bispos convidam os fiéis, por ocasião da Quaresma, a “sensibilizar os próprios filhos sobre as condições das crianças que sofrem, a fim de educá-los à solidariedade, traduzida em gestos concretos”. “Propomos que se organizem colectas nas famílias e nas escolas para ajudar a cuidar das crianças doentes, para vestir as crianças pobres, para alimentar os que não tem comida e oferecer instrução aos que não têm ensino”, acrescentam. Veja o documento • «Criança no caminho da nossa conversão»


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