Vaticano

Bispos de Moçambique analisam situação do país

Fátima Missionária
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Os bispos de Moçambique manifestam satisfação pelo clima de paz, mas mostram-se preocupados com os problemas da fome, da saúde e o recrudescimento da criminalidade. Nos últimos dias do ano, as empresas e os bancos começam a preparar o balanço das suas actividades comerciais. Até as pessoas e instituições cristãs são convidadas a avaliar a própria vida e actividades. É neste contexto que lemos e interpretamos a última carta pastoral dos bispos de Moçambique. Nela os prelados manifestaram-se satisfeitos com a gestão do governo a nível nacional. Falando dos progressos, puseram em destaque o clima de paz que prevalece no país, os tempos “cada vez melhores” que se avizinham e o bom entendimento com o esforço que se faz no país para conseguir uma colaboração de todos para o bem comum. Mas este balanço positivo ficou a meio perante algumas preocupações, tais como o problema da fome, as situações relacionadas com a saúde e o recrudescimento da criminalidade. Em relação ao agravamento da fome, os bispos sublinham que se trata de uma consequência da seca que assola Moçambique e que causou uma fraca produção agrícola. As situações relacionadas com a saúde referem-se especialmente à sida e à malária, situações que, apesar dos esforços feitos, continuam a ser uma preocupação generalizada. Falando da saúde, os bispos acrescentam que “o desprezo da lei natural tem consequências graves que não se vencem com paninhos quentes. É preciso entrar, dizem os bispos, decididamente no caminho da rectidão e do respeito pela lei natural que manifesta a sabedoria e o amor de Deus”. Outra situação que preocupa os bispos de Moçambique é o recrudescimento da criminalidade. Fazem referência ao assassinato do padre diocesano José Verde, acontecido em 4 de Novembro na província da Zambézia. Os bispos manifestaram unanimemente o repúdio por esse crime e muitos outros que acontecem no país: “Condenamos veementemente este crime e outros assassinatos e agressões contra pessoas”. Álvaro Lopez


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