O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e bispo auxiliar de São Paulo, D. Odilo Pedro Scherer, disse na última terça-feira que as políticas de planeamento familiar adoptadas pelo Ministério da Saúde preocupam a Igreja Católica no país.
D. Odilo criticou a distribuição da chamada "pílula do dia seguinte" pelo ministério, medida que teria liberalizado o aborto no país. A CNBB considera que ao incluir o medicamento como parte de uma nova Política Nacional de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, o Ministério da Saúde está a desrespeitar a Constituição.
"A Igreja defende que a pílula é abortiva, prática considerada crime no país", referiu D. Odilo Scherer.
“Essa questão da 'pílula do dia seguinte' não foi em nenhum momento discutida no Congresso. E não se trata simplesmente de uma pílula anticoncepcional. É sabido, cientificamente comprovado, que ela é abortiva”, lamentou.
O secretário da CNBB justificou o envolvimento da Igreja neste assunto afirmando que "(ela) tem o direito de agir para que as suas posições sejam levadas em consideração".
