Vaticano

Bispos do Sri Lanka pedem liberdade de culto

Agência Ecclesia
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Os Bispos do Sri Lanka criticaram o “extremismo irracional†que se instalou no país, nos últimos tempos, exigindo o respeito pelo direito fundamental da liberdade religiosa numa nação que “sempre foi um exemplo de pacífica convivência entre diversos credos". Em declarações à agência AsiaNews, D. Oswald T. Colman Gomis, Arcebispo de Colombo, deixou alertas ao ao governo e ao parlamento cingaleses. Há mais de um ano que o Arcebispo está envolvido na discussão de dois projectos de lei que, a ser aprovados, justificariam discriminações não somente contra as minorias religiosas, mas também contra a maioria budista. A comunidade católica continua a ser objecto de violência por parte dos grupos budistas fundamentalistas, preocupados em defender a "milenar harmonia do país" do suposto "proselitismo" cristão. O Arcebispo recorda que o texto original da "perigosa" lei contra a conversão forçada (Bill on prohibition of forcible converison), proposta pelo partido budista Jathika Hela Urumaya), foi aprovado parcialmente pelo parlamento em maio passado. O Seupremo Tribunal, em Agosto de 2004, já tinha julgado inconstitucionais dois pontos, porque violavam o artigo 10 da Constituição, que assegura a liberdade religiosa e o direito a ter ou adoptar uma religião ou credo por escolha própria. O texto aguarda, neste momento, o exame de uma Comissão permanente, que estudará as emendas necessárias. Nesta Comissão, participam também cinco católicos. Para o Arcebispo de Colombo, contudo, é mais "iníquo" e condenável o projecto de lei apresentado pelo Ministro dos Assuntos budistas, Ratnasiri Wickremanayake - "o Acto para a protecção da liberdade religiosa". A Igreja Católica no país encabeça a campanha contra a aprovação dos dois projetos de lei.


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