Os bispos italianos manifestaram publicamente a sua oposição ao referendo destinado a alterar quatro aspectos da lei de fecundação medicamente assistida aprovada pelo governo.
Após a reunião da Comissão Permanente da Conferência Episcopal Italiana, reunida em Bari, os bispos divulgaram um comunicado no qual se referem à decisão do Tribunal Constitucional italiano de admitir à consulta popular quatro perguntas sobre esta matéria.
No comunicado conclusivo, os prelados “expressaram de maneira unânime sua contrariedade às eventuais modificações que agravam [a lei], seja por via parlamentar seja através de um referendo”.
“Tal e como é, a lei, ainda que não corresponda ao ensinamento da Igreja, tem, contudo, o mérito de salvaguardar alguns princípios e critérios essenciais”, reconhece o documento episcopal.
Perante a celebração da consulta popular, os bispos pedem que a campanha para o referendo “seja marcada por uma grande serenidade, com respeito e objectividade sobre a gravidade das questões, com a rica contribuição dos órgãos de informação e comunicação”.