Vaticano

Bispos moçambicanos saúdam participação cívica nas presidenciais

Octávio Carmo
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A Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) pronunciou-se ontem sobre as eleições de Dezembro passado no país, que classificou como "globalmente positivas", apesar de assinalar que o processo eleitoral foi manchado por "alguns aspectos negativos". Entre as aludidas irregularidades, os bispos católicos apontam o incumprimento das datas do recenseamento eleitoral, as cenas de violência verbal física e a presença de votos a mais nas urnas. Num comunicado distribuído à imprensa, os bispos católicos moçambicanos manifestam a sua "mais viva satisfação pela maneira ordeira e pacífica como o povo exerceu o seu direito de voto". O episcopado salienta que "o espírito de civismo e ordem" com que os moçambicanos participaram nas terceiras eleições gerais e multipartidárias no país constitui um "exemplo para África e para o mundo". A CEM felicita o presidente eleito, Armando Guebuza, e os novos deputados da Assembleia da República, estendendo a sua saudação ao candidato derrotado, Afonso Dhlakama, por ter retirado a ameaça de não integrar o Conselho de Estado, na qualidade de líder da oposição. "Saudámos a última decisão de Afonso Dhlakama, que no interesse da democracia moçambicana quis tomar parte no Conselho do Estado e permitiu que os deputados eleitos pela RENAMO-União Eleitoral possam tomar parte na Assembleia da República", sublinha o comunicado.


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