Vaticano

Bispos norte-americanos prosseguem campanha contra a pedofilia

Octávio Carmo
...

Novo relatório fala em 4.000 padres acusados de abusos sexuais, em 50 anos

Mais de 4.000 padres norte-americanos foram considerados culpados de abusos sexuais a menores entre 1950 e 2002, segundo um relatório da Conferência episcopal dos Estados Unidos, parcialmente divulgado ontem pela CNN. Para final de Fevereiro está previsto lançamento do relatório, a cargo do “John Jay College of Criminal Justice†sobre a natureza e dimensão dos casos de abuso sexuais ao longos dos últimos anos. Segundo os dados avançados pela CNN, 6.700 das 11.000 acusações registadas foram alvo de um inquérito que as confirmou. Mil dessas acusações revelaram-se sem fundamento, e 3.300 não puderam ser confirmadas, nomeadamente devido à morte dos padres suspeitos. A publicação deste relatório insere-se na forte campanha da Igreja Católica do país contra a pedofilia, de modo a recuperar a confiança dos norte-americanos. Em Janeiro tinha sido publicado o “relatório Gavinâ€, um estudo pormenorizado sobre a maneira como as 195 dioceses e eparquias dos EUA têm aplicado a nova política de “tolerância zero†para casos de pedofilia. Os números mostraram que, no final do ano de 2003, quase 90% das dioceses católicas dos EUA estavam a cumprir a política nacional para proteger as crianças e lidar com casos de abusos sexual de menores, cometidos por parte de membros do clero. As auditorias, conduzidas pelo Grupo Gavin, com sede em Boston, mostraram que 98 a 100% das dioceses estão a implementar a “Carta para a protecção de crianças e adolescentesâ€, um texto com 17 regras assumido pela USCCB em Junho de 2002. O presidente da Conferência Episcopal local, D. Wilton Gregory tem indicado que estes relatórios mostram que “a Igreja Católica fez um esforço tremendo para tornar a Carta para a protecção de crianças e adolescentes como parte da sua vidaâ€.


Abusos de menores