O canto gregoriano prepara-se para volta do “exílio” litúrgico a que tem sido votado por vontade expressa da Santa Sé.
Segundo a agência italiana “Chiesa”, Valentino Miserachs Grau, o músico catalão que preside ao Instituto Pontifício de Música Sacra, voltou a pedir a recuperação do gregoriano nas celebrações eucarísticas, durante as últimas jornadas anuais de estudo de música sacra.
Bento XVI, sabe-se, é um amante da música e muito crítico do caminho que seguiu a música pós-conciliar. O Papa escreveu muitas vezes sobre a intenção de devolver ao seu lugar, na liturgia, a “grande música”, como o canto gregoriano, a grande polifonia ou a música do Renascimento e do Barroco.
O Cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, também já se manifestou contra “modas musicais” que são seguidas em muitas comunidades, considerando que as mesmas são “descontroladas, banalizadoras” e que “não fazem nenhum bem à liturgia”.