Dois Cardeais tomaram ontem a palavra para esclarecer que o aborto realizado através da pílula abortiva tem a mesma gravidade do que qualquer outro tipo de intervenções, pois tem o mesmo resultado: acabar com a vida de um ser humano inocente.
“Um aborto, pequeno ou grande, é sempre um homicídio”, afirmou o Cardeal Javier Lozano Barragán, presidente do Conselho Pontifício para a Saúde, em resposta aos jornalistas que lhe pediram um comentário sobre a pílula abortiva RU-486.
Em duas regiões da Itália – Piamonte e Toscana – foi introduzida esta pílula de maneira experimental, o que gerou uma onda de contestação do episcopado italiano. Em Portugal, a pílula do dia seguinte começa a ser distribuída gratuitamente nos centros de saúde e hospitais, a partir de 1 de Dezembro.
Para Walter Osswald, da Associação de Médicos Católicos, “trata-se da disponibilização de um medicamento, a pílula do dia seguinte, que já se encontrava com venda livre e sem receita médica desde o início - decisão que é altamente contestável do ponto de vista moral e de saúde pública”.
“O facto de estar à venda sem receita médica é um erro crasso. O facto de poder ser cedida nos centros de saúde parece-me menos grave, porque será cedida sob responsabilidade médica", referiu à RR.
