Cardeal Zubeir Wako, Arcebispo de Cartum, alerta para a miséria e a injustiça que continua a ameaçar as populações do país.
A aparente paz no Sudão oculta a miséria e a injustiça que continua a ameaçar as populações do país. Este foi o alerta que o cardeal Zubeir Wako, Arcebispo de Cartum, deixou ao ocidente quando se dirigiu aos benfeitores ingleses da Ajuda à Igreja que Sofre, na Catedral de Westminster, em 24 de Setembro.
Criticando os governos ocidentais, por não prestarem devida atenção aos avisos da Igreja acerca da situação no Sudão, o Cardeal afirmou: "Se eu disser que os Cristãos são perseguidos, que a nossa tarefa é difícil, quanto tempo será preciso para que as pessoas acreditem em mim? Quantas pessoas têm consciência de que ao falar, estou a colocar a minha vida em perigo?". O Cardeal, que foi Arcebispo de Cartum durante 25 anos, disse que, mesmo depois do acordo de paz assinado este ano, existe pouca liberdade de expressão, que são feitas "lavagens cerebrais" às crianças que estudam nas escolas governamentais, que a polícia e a segurança tornaram o país numa "caixa forte" e que à Igreja não é permitida possuir propriedade.
Prosseguiu, explicando que, os que não são Muçulmanos, ainda estão sobre pressão para aderirem à lei da sharia no norte do país, que o governo aumentara os recursos para "islamizar" a maioria não Muçulmana do Sul e que a corrupção e a má governação continua a ameaçar a recente e frágil paz no Sudão.
Falando a mais de 300 benfeitores, no Evento anual de Westminster da Ajuda à Igreja que Sofre, Cardeal Zubeir Wako sublinhou a importância da adesão ao processo de paz, que vem pôr fim a 25 anos de guerra civil entre o norte e o sul do país.
Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre