O Cardeal Alfonso Lopez Trujillo, presidente do Conselho Pontifício para a Família, considera que o aborto se tornou “um massacre de enormes dimensões”.
Em entrevista à agência Fides, do Vaticano, o Cardeal revela que as interrupções voluntárias da gravidez no mundo já chegam a mais de 50 milhões por ano.
Pior do que a estatística, para o Cardeal Trujillo, é o facto de muitas mulheres não manifestarem "sequer um sentimento de culpa depois de fazer um aborto e sacrificar uma vida inocente". Neste número, o Cardeal inclui os embriões cujo desenvolvimento é interrompido pelo uso da pílula do dia seguinte.
A responsabilidade pela banalização do aborto, para o Cardeal Trujillo, é, em grande parte, dos governos, afirmando que "leis caprichosas e arbitrárias dos parlamentos" criam aberrações como a legislação dos EUA, onde o embrião e o feto não são considerados como pessoa humana antes do nascimento e, portanto, não têm nenhum direito jurídico reconhecido.
O Cardeal conclui a sua entrevista à Fides dizendo que o problema da permissividade das leis deve ser considerado “trágico”.