Após visitar a Coreia do Norte, o secretário-geral da “Caritas Internationalis”, Duncan Maclaren, confirmou que se mantém a situação de emergência humanitária no país, agravada pela crise energética.
Esta confederação de 162 organizações católicas de assistência, desenvolvimento e serviço social, presente em mais de 200 países e territórios, trabalha na Coreia do Norte há dez anos. A Cáritas distribui ajuda alimentar a milhares de crianças, especialmente órfãs, mulheres grávidas e mães. Incentiva também as cooperativas agrícolas para que aumentem a sua produção e apoia projectos do sector de saúde.
“Nos seis anos que passaram a desde a minha última visita, houve algumas mudanças positivas: após as reformas de Julho de 2002, a economia cresceu, existe um comércio mais visível e há mais bicicletas nas ruas, para citar um exemplo”, explica MacLaren.
“Foi uma grande satisfação comprovar os progressos conquistados graças à ajuda da Cáritas, ainda que fossem também evidentes as persistentes carências”, reconheceu.
MacLaren confessou, contudo, ter ficado “escandalizado” ao ver o estado da equipa e do material de saúde dos hospitais. “Num hospital provincial, que oferece serviços a cerca de 60.000 pessoas, os únicos medicamentos disponíveis eram os que Cáritas fornece”, informa.