Vaticano

Caritas que ser protagonista na luta contra a pobreza e os conflitos na Guiné-Bissau

Octávio Carmo
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Chegou ontem ao fim a 1ª Assembleia Geral da Caritas Guiné-Bissau, com os delegados das Caritas paroquiais das dioceses de Bafatá e de Bissau a assumirem o objectivo de serem protagonistas principais na luta contra a pobreza e os conflitos no país. O evento, presidido pelos dois Bispos do país lusófono, contou com a participação de três representantes por cada uma das paroquias e comunidades que constituem as duas dioceses de Bissau e Bafatá. O tema da assembleia foi “Identidade, Responsabilidade e organização da Caritas”. Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, os participantes referem que “a Igreja da Guiné-Bissau deve assumir a sua responsabilidade no processo da criação de identidade nacional e na protecção do bem comum”. “Os elementos e conceitos culturais geradores de pobreza devem ser identificados e combatidos através de um empreendimento maior numa educação global e integradora”, acrescentam. O novo papel da Caritas, desejado pelos responsáveis locais, passa por promover “observatórios” e acções de Advocacia para mercados mundiais justos e para resolver conflitos de interesses, bem como acções de advocacia a todos os níveis (central e local) em favor dos preços justos e de livre acesso aos mercados. “É necessário apoiar as iniciativas locais e informar sobre as diferentes possibilidades que podem ser realizadas, capacitando as pessoas para tal, nomeadamente a formação profissional, pequenas unidades de produção e outras actividades relevantes”, afirmam. A Caritas na Guiné-Bissau defende ainda a “promoção duma justiça igual para todos e a luta contra a impunidade”, classificando estas iniciativas como alicerces da construção da paz.


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