Vaticano

Causas de mártires espanhóis apresentadas em Roma

Agência Zenit
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Em Janeiro foram apresentadas à Sagrada Congregação para a Causa dos Santos, na Santa Sé, as listas com os 935 mártires da província de Toledo e da diocese de Ávila, que aguardam o respectivo “nihil obstat”. Assim, espera-se que a Postulação da Causa de Canonização apresente, brevemente, as listas dos mártires com as suas idades — os mais jovens tinham entre 11 e 14 anos — e os ofícios dos seculares. Apresentado como o processo “Eustáquio Nieto y Martín e 935 companheiros mártires», encabeça a lista citada o primeiro bispo assassinado, da diocese de Siguenza-Guadalajara, durante a perseguição religiosa espanhola, de 1936 a 1939. Trata-se do primeiro processo na História da Igreja em que uma província eclesiástica inteira se ocupa de uma causa de canonização. O Arcebispo de Toledo, D. António Cañizares, declarou à agência Veritas que estes mártires «provam que não é a morte que tem a última palavra, mas que Deus quer que o Homem viva» e que o testemunho que oferecem estes homens e mulheres, «muitos deles seculares», é a «vitória do amor sobre o ódio. Eles são testemunhas do amor e da reconciliação, testemunhas do perdão que levaram nos seus lábios ao morrer, pois morreram a perdoar». O Papa recordou aos bispos espanhóis, no dia 24 de Janeiro, que se deve realizar «um estudo, actualização e apresentação aos fiéis do “património de santidade”, como ponto de referência na vida cristã, tanto mais que muitos dos desafios e problemas» da Espanha «já existiram noutros momentos».


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