As cerimónias fúnebres do Papa, que se iniciam com a missa exequial de 8 de Abril, duram nove dias consecutivos, aquilo que designamos como novemdiales. Como estava definido, foram os Cardeais, reunidos em Congregação Geral, quem decidiu o dia da trasladação do corpo para a Basílica de São Pedro e todos os assuntos relacionados com a organização das exéquias.
O funeral do Papa João Paulo II terá lugar pelas 10h00 (hora local, 09h00 em Lisboa) de 8 de Abril, sexta-feira. A missa exequial terá lugar no Sagrado da Basílica de São Pedro.
Posteriormente, o corpo do Papa será sepultado na cripta da Basílica de São Pedro, após as cerimónias de encomendação. A inumação do corpo tinha de ter lugar entre quatro a seis dias após a morte, ocorrida no passado dia 2 de Abril.
Os ritos específicos para o Papa defunto decorrem em três sítios diversos: a sala Clementina, onde o Papa permaneceu exposto durante mais de um dia para a visita dos membros da Cúria Romana; a Basílica de São Pedro, onde fica três dias para a veneração dos fiéis; o sítio da sepultura, na Cripta da Basílica.
As novas normas determinadas por João Paulo II, em 1996 e 1998, simplificaram significativamente as cerimónias litúrgicas, seguindo as orientações emanadas pelo Concílio Vaticano II. A intenção de fundo é mostrar, de forma clara, a ligação entre a morte de Cristo e a de um dos seus discípulos, favorecendo a participação dos fiéis, venham eles de onde vierem.
As orações destes dias são marcadas pela esperança, a fé na ressurreição e na vida eterna junto de Deus, além de manifestarem a afeição dos católicos ao seu pastor.
Os ritos específicos para o Papa defunto decorrem em três sítios diversos: a sala Clementina, onde o Papa permaneceu exposto durante mais de um dia para a visita dos membros da Cúria Romana; a Basílica de São Pedro, onde fica três dias para a veneração dos fiéis; o sítio da sepultura, na Cripta da Basílica.
A missa do funeral do Papa deverá durar três horas, adiantou o Arcebispo Piero Marini, Mestre das Cerimónias Pontifícias. A cerimónia exequial será presidida pelo Decano do Colégio Cardinalício, Cardeal Joseph Ratzinger, e concelebrada pelos Cardeais e pelos Patriarcas das Igrejas Orientais, com o vermelho como cor litúrgica.
A Basílica de São Pedro permanecerá aberta ao público até quinta-feira à noite, sendo depois encerrada durante algumas horas para os vários preparativos: o corpo de João Paulo II será transferido para um caixão de madeira, que será fechado provisoriamente. Nessa altura será colocado o véu, pelo seu secretário, e proferida uma oração, que terá o seguinte significado: "agora tapado com o véu, o seu rosto brilhará ainda mais no esplendor de Deus".
Depois da missa exequial, um triplo adeus é pronunciado: o da Igreja de Roma, representada pelo Cardeal vigário (D. Camillo Ruini); o das Igrejas Orientais, representadas pelo mais velho dos Patriarcas presentes; o de toda a Igreja Católica, representada pelo Decano (D. Joseph Ratzinger). A cerimónia conclui-se com o canto “In paradisum”.
Em seguida, os sediários carregam o caixão para o transporta à cripta, através da porta de Santa Marta. Após a oração, dita pelo Camerlengo (D. Martínez Somalo), o caixão de cedro, é colocado dentro de outro de chumbo e um de olmo, evidamente selados. Por cima do último caixão são colocadas a cruz e o Brasão do Papa, que é inumado ao canto da “Salve Regina”.
Antigamente, no caixão eram depositadas algumas moedas, mas o Arcebispo Marini explicou que no caso de João Paulo II serão colocadas “medalhas do Pontificado em prata e bronze” e um pergaminho, selado num tubo metálico, com os dados do Pontificado e o relato destas cerimónias.
O Mestre das Cerimónias Pontifícias adiantou ainda que a cerimónia de tumulação deverá demorar cerca de meia hora.
As celebrações previstas continuam até ao fim dos novemdiales.