Charles de Foucauld, exemplo de fraternidade universal Rádio Vaticano 13 de Novembro de 2005, às 15:48 ... O Cardeal português D. José Saraiva Martins presidiu hoje no Vaticano à beatificação de Charles de Foucauld, Maria Pia Mastena - fundadora das Irmãs do Santo Rosto - e Maria Crucifixa Curcio - fundadora da Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias de Santa Teresa do Menino Jesus. Falando de Charles de Foucauld, o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos salientou que ele teve uma influencia importante na espiritualidade do século XX e permanece, no inicio do terceiro milénio, uma referencia fecunda, um convite a um estilo de vida radicalmente evangélico: “Acolher o Evangelho em toda a sua simplicidade, evangelizar sem querer impor, testemunhar Jesus no respeito de outras experiências religiosas, reafirmar o primado da caridade vivida na fraternidade, são apenas alguns dos aspectos mais significativos de uma herança preciosaâ€. De Maria Pia Mastena o Cardeal Saraiva Martins disse que o rosto do homem especialmente quando deturpado pelo pecado e pelas misérias deste mundo, poderá resplandecer somente quando for “como o de Cristo, martirizado na Cruz e transfigurado pela glória do Paiâ€. Madre Maria Crucifixa, recordou depois D. José Saraiva Martins, foi uma mulher simples e forte, agarrada pelo amor de Deus, em tensão para o céu, mas atenta a curvar-se sobre a terra, em particular sobre a humanidade sofredora e necessitada. Como é tradição neste pontificado, no final da celebração eucarÃstica e do rito da beatificação, Bento XVI desceu do Palácio Apostólico até à BasÃlica de S. Pedro para venerar as relÃquias dos novos Bem-aventurados e saudar os fiéis. O Papa salientou que Charles de Foucauld convida à mesma “fraternidade universal†que viveu no Sahara, no meio dos tuareg, onde testemunhou o Evangelho respeitando as outras religiões. “Demos graças a Deus pelo testemunho oferecido por Charles de Foucauldâ€, disse o Papa, recordando que durante a sua vida contemplativa e escondida encontrou a verdade da humanidade de Jesus, convidando-nos a contemplar o mistério da Incarnação. Bento XVI falou depois da actualidade do carisma da Beata Maria Pia Mastena que conquistada pelo Rosto de Cristo assimilou os sentimentos de doce zelo do Filho de Deus para com a humanidade desfigurada pelo pecado, concretizando os gestos de compaixão e projectando depois um Instituto com a finalidade de propagar, reparar, restituir a imagem de Deus nas almas. A Beata Maria Crucifica Curcio colocou no centro da sua vida a presença de Jesus misericordioso, encontrado e adorado no Sacramento da Eucaristia. Uma autêntica paixão pelas almas caracterizou a sua existência – sublinhou o Papa que concluiu convidando a dar graças ao Senhor pelo dom destes novos Bem-aventurados esforçando-nos no sentido de imitar os seus exemplos de santidade. Santa Sé Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...