Vaticano

China prende 50 líderes cristãos

Agência Ecclesia
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A organização de defesa dos direitos religiosos “China Aid” acusou as autoridades chinesas de terem prendido 50 líderes cristãos na clandestinidade, que se reuniam num retiro na província de Heibei, no norte do país. Os 50 religiosos, representantes de 20 províncias chinesas da igreja protestante na clandestinidade, encontravam-se em retiro para debater formas de ajudar os mais pobres, refere numa nota de imprensa a “China Aid”, organização sem fins lucrativos, baseada nos Estados Unidos, de defesa dos direitos religiosos cristãos. Contactados pela Agência Lusa, o departamento de assuntos religiosos e o departamento de segurança pública de Baoding negaram qualquer ocorrência. O Relatório da Liberdade Religiosa no Mundo, publicado pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), assinala que Pequim admite a pratica da fé apenas no interior dos grupos religiosos autorizados pelo Governo e cujo pessoal e actividades sejam supervisionadas pelas associações patrióticas. Tudo isto conduz a uma vivência na fé na qual os ideais são, acima de tudo, servir a segurança do Estado e o progresso da nação. Consequentemente, existem 2 tipos de violações à liberdade religiosa: É assumido “a priori” nas comunidades “oficiais”, as que são reconhecidas pelo Governo, que a liberdade de culto não é um direito inato dos seres humanos, mas uma concessão dada pelo Estado, que estabelece a sua forma e os seus limites. O segundo tipo de violação é a perseguição contra todas as expressões religiosas que – em referência à Constituição onde se expressa a liberdade religiosa em sentido lato – exigem poder expressar livremente a sua fé sem serem controladas pelo Estado, desde que não implementem práticas conspirativas ou violentas.


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