Vaticano

China responde ao Vaticano

Octávio Carmo
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O bispo da Igreja Católica clandestina chinesa Wei Jingyi, detido no passado dia 5 de Março no aeroporto de Harbin (nordeste da China) foi libertado neste Domingo, segundo a agência noticiosa católica Asia News. Esta prisão causou um grande mau estar na Igreja Católica, com o porta-voz do Vaticano a assegurar que “a Santa Sé recebeu com preocupação e tristeza a informação relativa à detenção de um bispo católico na China". "Se existem provas de acusação contra o bispo detido, então estas devem ser tornadas públicas, como acontece nos Estados de Direito. A Santa Sé não tem razões para duvidar da sua inocência", referiu Joaquín Navarro-Valls D. Wei, de 46 anos, já tinha sido condenado a quatro anos de trabalhos forçados entre 1987 e 1989 e entre 1990 e 1992. Segundo a agência, a libertação do prelado, um dos mais jovens bispos da Igreja Católica clandestina na China, é uma consequência do protesto imediato do Vaticano. A China apressou-se a negar que D. Wei Jing Yi, estivesse na prisão e afirmou, ao invés, que o prelado simplesmente fora detido, porque era suspeito de ter viajado ao exterior de maneira ilegal. Referindo-se ao bispo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Liu Jianchao, declarou em conferência de imprensa que "os órgãos de segurança pública não tomaram nenhuma medida restritiva contra ele" e que "as notícias divulgadas não correspondem aos factos". As relações entre a China e o Vaticano foram cortadas em 1957, depois de o Papa Pio XII ter excomungado dois bispos nomeados pelo regime comunista. O Vaticano estabeleceu então relações com Taiwan.


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