Vaticano

Cinco séculos a unificar a Europa

Agência Zenit
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Abadia de Montserrat

Estima-se em mais de um milhão o número de visitantes que anualmente passa por Montserrat. O local, a tradição religiosa e o património cultural que a Abadia guarda constituem referências únicas em toda a Europa, com base na herança da Ordem beneditina e que ainda hoje são os testemunhos das raízes cristãs. “Montserrat pode-se incluir na longa cadeia de mosteiros beneditinos que, ao longo dos séculos, configuraram a identidade cristã, humana e cultural da Europa”, disse o Abade de Montserrat, Josep Maria Soler, a propósito das celebrações do V centenário de publicações do mosteiro. A efeméride foi assinalada com um acto cultural para recordar os 500 anos do mosteiro na publicação de livros; tendo-se editado ainda um livro comemorativo e inaugurado uma exposição de papiros e manuscritos de livros sagrados, como «O livro sagrado nas grandes religiões do Mediterrâneo». Na oportunidade, e em declarações à agência Zenit, o Abade Josep Soler afirmou que: «aceitar as raízes cristãs da Europa não deveria ferir ninguém. Montserrat contribuiu para a difusão do ideal beneditino e dos valores que o acompanham, sem esquecer o que esta presença significava para as relações internacionais e para o sentido de unidade europeia», sublinhou. Questionado sobre a obstinação de alguns em não reconhecer o legado do cristianismo na Europa, o Abade Soler considera que « é difícil, por não dizer impossível, negar tais raízes, se nos tivermos em atenção o estudo da história e do desenvolvimento cultural e religioso da Europa». «Outra coisa é quando se mesclam interesses políticos ou de outra índole. Aceitar as raízes cristãs da Europa não implica o desejo de impor uma determinada visão do mundo, mas é o reconhecimento de uma realidade que contribuiu de um modo fundamental para o desenvolvimento da civilização e ao crescimento da humanidade do que hoje chamamos Europa», conclui.


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