Vaticano

Cinema Espanhol Contemporâneo

Francisco Perestrello
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Acompanhando a crescente variedade de géneros abordados pelo cinema espanhol, o thriller e o cinema de terror ou fantástico têm sido alvos de uma especial atenção, com resultados muito variáveis. «The Others - Os Outros», realizado em 2001 por Alejandro Amenàbar e contando com o desempenho de Nicole Kidman, obteve um considerável sucesso, assegurado também por ter sido rodado em língua inglesa, o que facilitou a sua exportação. O apoio da Miramax e da Dimension Films tornou-o um filme com características próximas do cinema americano, o que lhe dá uma mais aproximação ao público. Em data muito recente «O Orfanato» - de produção totalmente espanhola e com uma breve mas excelente participação de Geraldine Chaplin - e agora «13 Badaladas» mostram que o entusiasmo e talento estão longe de estar esgotados. «13 Badaladas» é da autoria de Xavier Villaverde, realizado quatro anos depois de «Finisterre - Onde Termina o Mundo», que atingiu considerável relevo. Agora Villaverde prefere um ambiente mais intenso e uma surpresa final que, em muitos dos seus aspectos, será uma inteira surpresa para o espectador. É este o maior valor do filme, que conjuga muito bem o início com o final, duas partes em que atinge inteiramente os seus objectivos. De permeio temos o indispensável elo de ligação entre estas, talvez um pouco mais longo que o necessário e estando longe de atingir o mesmo ritmo das sequências essenciais acima referidas. O espectador é desafiado a assimilar rapidamente as sequências finais sendo obrigado, eventualmente, a rever em segundos toda a estrutura do filme, a entender muita coisa até então nebulosa e a encontrar como que um novo e imprevisto argumento. Xavier Villaverde mostra com isso um enorme potencial que se espera venha a explorar de uma forma mais permanente ao longo de todo um filme em realização futura. Francisco Perestrello


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