Clero de Cabinda condena tumultos Agência Ecclesia 31 de Março de 2005, às 11:15 ... O Clero de Cabinda demarcou-se dos incidentes ocorridos a 22 de Março, na Catedral do enclave angolano. “Nós deploramos os acontecimentos do dia 22 de Março, terça-feira Santa, por ocasião da celebração da Missa Crismal presidida pelo Administrador Apostólico, D. Damião Franklinâ€, disse o Vigário Geral da Diocese, Pe. Raul Tati, em entrevista à rádio Ecclesia. “Aqueles acontecimentos são tão graves†por ocorrerem durante uma celebração eucarÃstica, que o sacerdote considera que se está “perante um sacrilégioâ€. Durante a Missa Crismal, alguns participantes insultaram o Arcebispo de Luanda, empunhando cartazes onde contestavam a nomeação de D. Filomeno Vieira Dias para bispo de Cabinda. No final da celebração, D. Damião e a comitiva foram mesmo apedrejados no trajecto entre a catedral e a sacristia. O Arcebispo Damião Franklin que é também presidente da Conferência Episcopal angolana, tinha-se deslocado ao enclave para presidir à Missa Crismal na sua condição de Administrador Apostólico da diocese. “Desencorajamos atitudes do género, que mancham o bom nome da nossa Igreja e do povo de Cabindaâ€, disse o padre Raul Tati. O Vigário Geral afirmou que o clero não só condena a acção, como descarta qualquer responsabilidade no ocorrido. Mas admite que a Igreja em Cabinda está a viver uma crise. “Mas nós não nos afogamos na crise, as crises passamâ€, assegurou. O Pe. Raul Tati fala ainda de um “aproveitamento polÃtico†da situação. Na última assembleia da Conferência Episcopal, a CEAST publicou um comunicado onde lamentava “a atitude inesperada e estranha dos irmãos de Cabinda em recusarem a nomeação feita pelo Santo Padre ao prover de Pastor próprio esta Diocese irmãâ€. Os bispos consideravam ainda grave que “cÃrculos alheios à fé cristã e católica queiram instrumentalizar e subordinar à polÃtica a própria autoridade da Santo Padre, Sucessor de Pedro†e terminam apelando ao diálogo. O enclave de Cabinda é a última provÃncia de Angola onde ainda se verificam acções militares, opondo várias facções da Frente de Libertação de Cabinda e as Forças Armadas Angolanas. A Igreja local e organizações cÃvicas têm denunciado a violação dos Direitos Humanos de que é alvo a população, e a CEAST tem afirmado que a guerra não é solução nem caminho para chegar a qualquer solução. O Apostolado Angola Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...