Vaticano

Combate aos abusos sexuais continua nos EUA

Octávio Carmo
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A Igreja Católica nos EUA continua empenhada em recuperar a confiança dos seus fiéis e intensifica, em 2004, o combate aos casos de abusos sexuais por parte de pessoal eclesiástico. As auditorias às dioceses e eparquias (rito oriental) dos EUA, de modo a assegurar o pleno cumprimento das políticas de prevenção definidas pela conferência episcopal (USCCB) começaram nas últimas semanas, com inovações em relação ao passado. O processo começa por avaliar as queixas apresentadas durante o ano de 2003, segundo a directora-executiva do secretariado da USCCB para a protecção de crianças e adolescentes, Sheila Horan. “Da análise desta matéria resultará uma base estatística para medir o sucesso das políticas de prevenção, mostrando se as acusações aumentaram ou diminuíramâ€, disse. O secretariado dirigido por Horan é responsável por conduzir as auditorias às dioceses e contratou o grupo Gavin, a mesma organização que apresentou dois estudos sobre esta situação, mostrando que mais de 4.000 padres norte-americanos foram considerados culpados de abusos sexuais a menores entre 1950 e 2002. Os estudos do grupo Gavin revelaram ainda que mais de 90% da Igreja Católica nos EUA estava a aplicar a nova política de “tolerância zero†para casos de pedofilia, de modo a proteger as crianças e lidar com casos de abusos sexual de menores, cometidos por parte de membros do clero. Neste ano qualquer queixa sobre falhas neste plano pode ser feita directamente aos membros do grupo Gavin, que entregará os resultados a cada diocese sem esperar que o estudo esteja completo em todo o país, como fizera em 2003.


Abusos de menores