Vaticano

Comissão do Parlamento italiano reabre uma investigação sobre o atentado ao Papa

Agência Zenit
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Com a publicação do livro de João Paulo II «Memória e Identidade», no qual o pontífice repassa detalhes do atentado de 13 de Maio de 1981, uma Comissão do Parlamento italiano decidiu reabrir este dossiê. «Reabriremos imediatamente o caso do atentado contra o Papa», afirmou esta quarta-feira numa declaração às agências italianas Paolo Guzzanti, presidente da Comissão parlamentar de investigação concernente ao «dossiê Mitrokhin» e à actividade de inteligência italiana, instituída em 7 de Maio de 2002. A reabertura do dossiê, explica Guzzanti, começará com «a aquisição de documentação processual relativa àquele crime, reabrindo a pista soviética, a KGB, mas também o GRU (Serviço secreto militar soviético)». O presidente da Comissão explica que esta decisão acontece «depois de o próprio Sumo Pontífice ter manifestado a sua certeza sobre a origem ideológica do crime». No livro, o Papa considera que aquele atentado foi «uma das últimas convulsões das ideologias de prepotência surgidas no século XX». O pontificado de João Paulo II «foi a primeira causa do colapso do comunismo, no momento do seu máximo esforço militar contra as democracias ocidentais: um esforço que resultou inútil pela turbulência e posterior parada da Polónia católica reunida em torno ao Papa, a Solidarnosc (Solidariedade) e a Lech Walesa», afirma Guzzanti. João Paulo II comentou pela primeira vez os detalhes do atentado que sofreu na praça de São Pedro, a 13 de Maio de 1981, no epílogo do livro «Memória e Identidade», publicado esta quarta-feira.


João Paulo II