Vaticano

Comissão norte-americana alerta para perseguição às minorias religiosas no Irão

Fundação AIS
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A Comissão para a Liberdade Religiosa Internacional, organismo consultivo da Presidência e do Congresso norte-americano, pediu a intervenção da Casa Branca para travar a “rápida deterioração das condições das minorias religiosas no Irão”. Num comunicado divulgado por agências noticiosas cristãs, a Comissão para a Liberdade Religiosa Internacional, declara seguir com muita preocupação a situação das minorias religiosas naquele Estado islâmico, dado que a sua situação tem vindo a deteriorar-se. Nos últimos meses os grupos religiosos minoritários têm recebido ameaças por parte de altos representantes políticos e religiosos. Ocorreram várias detenções e episódios de violência, especialmente junto da comunidade Baha’i, grupo religioso visto como “herético” e “infiel”. Após a eleição de Mahmoud Ahmadinejad para a Presidência, a situação, que era já complicada para as minorias religiosas, tornou-se ainda mais problemática. O próprio Presidente pediu o fim do desenvolvimento do cristianismo no Irão e um alto representante religioso classificou os não-muçulmanos como “animais pecadores” e “corruptos”. Segundo este organismo, os cristãos iranianos (que representam apenas 0,5% da população) têm sido sujeitos a “perseguições, vigilância e detenções”. No ano passado verificaram-se vários incidentes em que as autoridades iranianas interromperam missas, detendo crentes e sacerdotes. A atmosfera de crescente intolerância estende-se também à comunidade judaica e aos próprios muçulmanos. Centenas de activistas e dissidentes muçulmanos (na sua maioria xiitas e sufitas), que defendiam reformas políticas ou que contestaram a interpretação do Islão feita pelo regime, foram sentenciados a longas penas de prisão pelo Tribunal da Revolução. A Comissão para a Liberdade Religiosa Internacional recomenda assim ao Executivo em Washington que “continue a denunciar publicamente as suas preocupações relativamente às minorias religiosas no Irão e assegurar que a questão do nuclear não impeça os Estados Unidos da América de ter um papel activo nas questões de direitos humanos, incluindo a liberdade religiosa, junto da comunidade internacional”. Por indicação desta comissão, a partir de 1999 o Departamento de Estado passou a designar o Irão como um “país especialmente preocupante” em matéria de liberdade religiosa. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre


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