Vaticano

Comunhão aos políticos em discussão nos EUA

Octávio Carmo
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Uma comissão de bispos norte-americanos decidiu rever a aplicação dos ensinamentos da Igreja sobre a preparação para a Comunhão eucarística dos fiéis, em particular no caso dos políticos com posições públicas opostas às da Igreja. O Cardeal Theodore McCarrick, que preside um grupo de trabalho de Bispos e políticos católicos, anunciou a medida durante a assembleia plenária da Conferência Episcopal dos EUA (USCCB). O tema gerou muita polémica durante a campanha para as recentes eleições presidenciais norte-americanas. “Muito mais que em qualquer outra época que eu recorde, nos últimos meses, Bispos, párocos e comunidades paroquiais de todo o país têm se esforçado para dar resposta ao modo como a nossa fé molda nossas decisões na vida pública. Isso tem sido algo bom”, reconheceu D. McCarrick, arcebispo de Washington. Segundo este responsável, agora que passou a pressão do momento eleitoral, “temos uma importante oportunidade para pôr em comum o nosso empenho na protecção da vida e da dignidade humanas, e promover o bem comum”. “Como católicos, temos a obrigação de proteger a vida das crianças não-nascidas, opormo-nos à eutanásia e defender o matrimónio. A nossa tradição também nos chama a estar ao lado dos pobres e promover a justiça e a paz: não é questão de optar, todas elas são obrigações da nossa fé”, acrescentou. A USCCB aprovou ainda o primeiro catecismo oficial para adultos no país, que contém biografias de santos norte-americanos e figuras bem conhecidas da história da Igreja. O objectivo da publicação é complementar o Catecismo da Igreja Católica, de 1992.


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