Nomeação de visitador apostólico é considerada o primeiro passo para o restabelecimento da normalidade
O presidente da Conferência Episcopal da Áustria, cardeal Christoph Schönborn, acredita que a decisão do Papa de nomear o bispo austríaco Klaus Kung como visitador apostólico para a diocese de Sankt-Poelten será “um passo importante rumo ao restabelecimento da normalidade” na Igreja local.
O Papa um visitador apostólico para a diocese de Sankt-Poelten na Áustria e em particular para o seminário de Sankt-Poelten, afectado por um escândalo sexual que atinge o seminário, depois da descoberta de milhares de imagens pornográficas. Este é um procedimento raro: o visitador apostólico é um investigador encarregado de informar o Papa sobre o caso para o qual foi nomeado.
“Agora sabemos tudo e percebemos dolorosamente que tal solução é necessária: muitas pessoas ficaram irritadas, desiludidas, entristecidas ou furibundas por tusdo o que aconteceu”, disse o cardeal Schönborn.
Os apelos para uma tomada de posição pelo Vaticano multiplicaram-se perante a dimensão das revelações, que levaram à demissão do director do seminário, Ulrich Kuechl, e do seu adjunto, Wolfgang Rothe, dois homens próximos do bispo de Sankt-Poelten, Kurt Krenn. A Igreja na Áustria abriu já um inquérito interno no passado dia 12 de Julho e aumentam as pressões para que o Bispo Krenn apresenta a sua demissão.
O presidente da comissão episcopal anunciou que todas as decisões importantes sobre esta matéria devem ser concertadas com o visitador. “Penso que isso seja importante para que ele possa trabalhar com paz e com decisão”, referiu.
Já o bispo Kung fez questão de anunciar que se ocupará “imediatamente” do seminário. O prelado sublinhou que pretende dialogar com os responsáveis “para que sejam examinados todos os acontecimentos e seja esclarecido tudo o que se passou”.
