João Paulo II referiu esta manhã numa mensagem que os crentes são chamados a unir as suas forças tendo em vista a construção da paz e o respeito dos direitos de cada pessoa.
“Hoje mais do que nunca, os crentes são chamados a unir as suas forças para lançar as bases sólidas de uma autêntica renovação social, contribuindo para a formação das consciências no caminho da paz e do respeito pelo inviolável dignidade de cada pessoa, cooperando assim para a eliminação das raízes de qualquer forma de hostilidade, preconceito e discórdia”, aponta.
O texto, dirigido à nova embaixadora da Geórgia junto da Santa Sé, Khetevane Bagration de Moukhrani, lembra o percurso que levou à independência do país, em 1991, após o desmembramento da União Soviética.
“A Geórgia teve de enfrentar muitos e duros desafios, que colocaram à prova a generosidade e os espírito de sacrifício dos cidadãos ao serviço do bem comum. Os georgianos tiveram de assumir o compromisso de manter intacto o sentido da unidade, mesmo na abertura às comunidades europeia e internacional”, refere o Papa, lembrando o problema dos movimentos separatistas no país.
A princesa de Moukhrani foi recebida no Vaticano pelo Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, para a apresentação das cartas credenciais.
João Paulo II alertou para a necessidade de as forças políticas no país encontrarem “um sábio equilíbrio entre as exigências de unidade e o respeito pela legítima diversidade”. Neste sentido, o Papa explica que a Igreja Católica no país “deseja oferecer o seu contributo próprio para o renascer espiritual da nação e o progresso no bem comum”.
Mesmo sendo uma minoria, os católicos georgianos “querem colaborar com os seus irmãos e irmãs ortodoxos, bem como com todos os homens e mulheres de boa vontade, para edificar um futuro de liberdade, justiça e harmonia social”.
Em conclusão, João Paulo II pede que as autoridades da Geórgia assegurem “uma adequada protecção legal” à comunidade católica.