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Crescem as desigualdades no acesso aos recursos da informática

Agência Fides
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As desigualdades no acesso e na utilização das tecnologias da chamada “sociedade de informação” comportam complexas problemáticas, que envolvem todos os aspectos da vida de uma comunidade: económicos, culturais, sociais. Os dados hoje ao nosso dispor demonstram que, nos próximos anos, a disparidade vai aumentar de modo progressivo, marcando uma linha de separação entre norte e sul, que dificilmente poderá ser removida. Em 1998, nos países desenvolvidos, cerca de 41 pessoas em cada mil tinham uma conexão Internet, enquanto os países em desenvolvimento tinham menos de uma pessoa para cada mil habitantes. Nos Estados Unidos, em 1998, existiam 661 linhas telefónicas, 459 computadores e 847 televisões para cada 1000 habitantes; em Moçambique, 4 linhas telefónicas, 2 computadores e 3 televisores. As maiores dificuldades referem-se à carência de infra-estruturas para as telecomunicações e dos custos elevados de utilização e a difusão geográfica das conexões, que está concentrada nas grandes cidades ou exclusivamente nas capitais, enquanto é totalmente ausente nas zonas rurais, nas quais vive a maior parte da população. O Movimento de luta contra a Fome no Mundo, em parceria com o Centro METID (Métodos e Tecnologias Inovadoras para a Didática) do Politécnico de Milão, está trabalhando no projecto para a promoção da inclusão social dos jovens de Muhura em Ruanda. A iniciativa foi criada em 1995,com a tarefa de favorecer o desenvolvimento e a adopção de metodologias e instrumentos inovadores na didáctica universitária. O projecto compreende a criação de um laboratório de computadores (CompLab); a definição de um programa de ensino para a utilização dos computador (edição de textos, folhas de cálculos, apresentações de multimedia, navegação na Internet e correio electrónico); a instalação de uma conexão Internet via satélite; um curso de formação para utilizar as novas tecnologias e metodologias didácticas para os docentes, para fornecer-lhes a competência tecnológica para a formação à distância; a criação de “Lumiere”, um jornal escolar; o programa de autogestão do projecto.


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