Vaticano

Crianças católicas agredidas em escola da Galileia

Fundação AIS
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A comunidade greco-católica da vila de Mughar, na região da Galileia, voltou a ser alvo de ataques e perseguições por parte dos muçulmanos drusos. As crianças cristãs receiam voltar à escola após terem sido alegadamente atacadas pelos colegas e discriminadas pelos próprios professores. A comunidade de Mughar acusa os professores da escola pública de terem pactuado com um grupo de adolescentes drusos que terão atacado um jovem cristão com armas brancas. Apesar de não se terem registado ferimentos graves, os estudantes cristãos abandonaram a escola, temendo pela sua segurança. Os jovens acusam agora os professores de nada terem feito para parar a violência e garantem ter sido intimidados e ridicularizados pelos próprios docentes. "Quando é que nos vamos livrar de vocês?", terá afirmado um dos professores, segundo os relatos de uma estudante cristã entrevistada pela Ajuda à Igreja que Sofre. "Depois de tudo o que sofremos, eu não irei voltar à escola mesmo que fique sem aulas. Ninguém se preocupa com a situação, nem os professores nem o Ministério da Educação", lamentou a jovem. Segundo os cristãos de Mughar, as autoridades locais proibiram os estudantes cristãos de frequentar escolas públicas fora da localidade. Em resultado, as crianças são forçadas a ingressar em escolas privadas, que são muito impopulares na região. Em Fevereiro, a violência entre as comunidades drusa e greco-católica em Mughar atingiu o seu auge quando grupos de drusos armados de cocktails-molotov incendiaram 70 casas e 150 carros, propriedade de cristãos. A Igreja de São Jorge (que serve as comunidades greco-católica e melquita) foi também apedrejada e na sequência dos tumultos 4 mil cristãos tiveram de se refugiar nas povoações vizinhas. Na região cerca de 35% da população é muçulmana e os cristãos representam cerca de 15%, a maioria dos quais é melquita. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre


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