Três membros da Igreja protestante independente na China foram condenados a penas de prisão de um a três anos por, alegadamente, terem difundido “segredos de Estado”.
Um tribunal de Hangzhou, importante cidade turística da costa sudeste do país, emitiu a sentença contra Liu Fenggang, Xu Yonghai e Zhang Shengqi por estes terem fornecido informações a um jornal dos EUA sobre a operação repressiva levada a cabo pelo Governo local contra a comunidade cristã, no ano de 2003.
A China, que rompeu relações com o Vaticano em 1958, considera cristãos unicamente os fiéis regularmente inscritos na Associação Católica Patriótica e na Igreja Protestante Oficial, perseguindo aqueles que fazem parte das comunidades chamadas “clandestinas”.
Ainda que o Partido Comunista (que conta 69 milhões de membros) se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de seis Igrejas oficiais: Católica, Protestante, Confucionista, Taoísta, Budista e Muçulmana.
A Associação Católica Patriótica regista 5 milhões e 200 mil fiéis, enquanto a Igreja Protestante Oficial conta cerca de 11 milhões de seguidores.
Fontes do Vaticano asseguram que a Igreja Católica “clandestina” (fiel ao Papa e à Santa Sé) conta mais de 8 milhões de fiéis, que se vêem obrigados a oficiar missas em segredo, nas suas próprias casas, sob o risco de serem presos.
No que se refere ao número de protestantes, segundo a “Fundação Kung”, a China conta diversos milhões de baptistas e luteranos, além de dezenas de milhares de cristãos ortodoxos.
Pelo menos 10 bispos e 25 sacerdotes e seminaristas católicos encontram-se presos, em campos de trabalho forçado ou em regime de prisão domiciliar, a maioria deles em Hebei, centro nevrálgico do Catolicismo na China.
O Baptismo, o proselitismo e o ensino religioso aos menores de 18 anos são actos punidos, na China, com penas de reclusão ou de confinamento em campos de reeducação mediante o trabalho.
A religião maioritária na China é o Budismo (com 100 milhões de fiéis), seguida pelo Taoísmo (único credo originário do país), pelo Confucionismo e pelo Islamismo (cujos fiéis se encontram concentrados no noroeste do país).