Vaticano

Cristãos condenam onda de violência no Iraque

Octávio Carmo
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A onda de violência que voltou a atingir igrejas cristãs no Iraque está a preocupar as comunidades eclesiais no país, que pedem aos cristãos do resto do mundo que não os esqueçam. Kjell Aune, presidente das igrejas adventistas do Médio Oriente, lançou um apelo nesse sentido, poucos dias depois de uma série de explosões ter provocado três mortos e dezenas de feridos junto de igrejas cristãs em Bagdad e em Kirkuk, a norte da capital. “Os irmãos e irmãs que vivem no Iraque estão em situação muito perigosa, que coloca à prova a sua fé, todos os dias”, assinala Aune. “Rezemos para que Deus lhes dê a paz, a esperança e a segurança”, acrescenta. Estas preocupações são partilhadas pela maioria dos cristãos iraquianos, que representam 3% da população do país. “Após anos de paz, os cristãos foram obrigados a deixar o Iraque”, lamentou o papa ortodoxo Ismael Kardush, durante uma manifestação contra a violência, decorrida esta semana, a qual juntou cerca de 400 religiosos cristãos. “Quando não é possível atingir os americanos, nós é que somos apanhados no meio, porque, apesar de sermos árabes, partilhamos a sua religião”, lamenta. Os atentados contra lugares de culto cristãos não são novidade e já em 2004 se tinha verificado uma onda de violência semelhante à deste Domingo, com dezenas de mortos e centenas de feridos.


Guerra do Iraque