Vaticano

Cristãos discriminados no Paquistão

Fundação AIS
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Em entrevista à Ajuda à Igreja que Sofre, o Vigário-Geral da Diocese de Faisalabad comentou que “para os muçulmanos paquistaneses a sua religião é tudo”, no entanto o sacerdote sublinha que “a religião pode ser manipulada”. O Padre Emmanuel Parvez, Vigário-Geral de Faisalabad, explica que a relação entre cristãos e muçulmanos no Paquistão é “geralmente positiva”. Contudo, o sacerdote lamenta a discriminação dos cristãos na vida pública e as leis contra a blasfémia, que são “um convite para a perseguição dos cristãos”. O sacerdote explicou que “devido à discriminação e à intolerância, torna-se muito difícil para os não-muçulmanos encontrar emprego no Paquistão”. Segundo o sacerdote, 90% dos cristãos paquistaneses estão desempregados, estando igualmente a ser discriminados noutra áreas da vida pública, como na educação ou no desporto, por exemplo. O sacerdote salientou que “desde que não se fale de religião” a relação entre cristãos e muçulmanos é habitualmente positiva. Contudo, abordar o tema da religião “é muito perigoso”. Para o Pe. Parvez as actuais leis contra a blasfémia são “um convite à perseguição dos cristãos”, uma vez que “dão aos muçulmanos um pretexto para fazer acusações por qualquer motivo”. Existiram no passado algumas tentativas do Governo para abolir, sem sucesso, esta lei. Segundo o Pe. Parvez, a educação é a chave para o mútuo entendimento entre os fiéis de diferentes religiões. “As escolas católicas – cuja proibição foi abolida há poucos anos – são bem vistas no Paquistão e constituem um importante instrumento para o diálogo”, acrescentou. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre


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