Vaticano

Cristãos fogem da violência na Nigéria

Fundação AIS
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Forçados a fugir pelas perseguições a que estão sujeitos, os fiéis debatem-se agora com a falta de lugares de culto. “O clima de violência e medo no norte da Nigéria está a forçar os cristãos a fugir em busca de um refúgio seguro”. Um padre missionário descreveu as comunidades cristãs como “estarem a desaparecer” devido aos motins, distúrbios e opressão, provocados por militantes islâmicos na sua maioria. Em contacto com a Ajuda à Igreja que Sofre, o Pe. Tony Oshomahnoya Ikhenoba disse: “Os motins forçaram as pessoas a fugir para a arquidiocese, mas também temos casos de pessoas que deixaram a arquidiocese para irem para lugares mais seguros como Abuja ou para as suas terras natal no sul, este e oeste do país.” O Pe. Ikhenoba, director da organização “Obras Missionárias Pontifícias” na Arquidiocese de Kaduna, declarou que os militantes muçulmanos têm como alvo a sua região devido à sua posição estratégica. E acrescentou: “Há cada vez mais cristãos a deixarem a parte norte da cidade em direcção ao sul em busca de refúgio e onde encontram outros cristãos dispostos a ajudá-los.” A Igreja tem-se adaptado às necessidades das pessoas à medida que elas procuram abrigo no sul da diocese acolhendo e ajudando os cristãos perseguidos e carenciados. “Neste momento, dezenas de pessoas tem que se deslocar até à zona norte para participarem na missa dominical porque não existem igrejas no sul. É por esta razão que estamos a construir igrejas maiores e a tentar terminá-las o mais depressa possível de maneira a podermos celebrar. No entanto precisamos de ajuda.” Para além da necessidade de espaços maiores para acolher o número crescente de fiéis do sul de Kaduna, a Igreja Católica luta contra a ameaça das seitas que seduzem e iludem as pessoas com promessas. O norte da Nigéria, onde facções islâmicas dominam pela lei da Sharia, testemunhou violentos ataques às comunidades cristãs em 2004. Um padre foi morto, igrejas, escolas e casas de cristãos foram atacados. Em virtude disso, a Ajuda à Igreja que Sofre enviou mais de 150 mil euros em ajudas de emergência para aquela área.


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