A comunidade cristão no Iraque está a recuperar a confiança num futuro de paz e democracia. D. Andraos Abouna, bispo auxiliar caldeu em Bagdad, assegurou que o povo começa a pensar que o Iraque poderá ser “o primeiro país democrático do Médio Oriente”.
Em entrevista à Fundação visita à Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), por ocasião de uma visita à sede da AIS em Königstein (Alemanha), D. Abouna explica que os católicos voltam a participar na missa, após meses de ausência por força dos atentados perpetrados contra lugares de culto cristãos na capital e a cidade do norte em Mossul.
“Os crentes assistem à missa como antes, já não têm medo em absoluto”, assegura.
Descrevendo a melhoria da situação desde as eleições de 30 de Janeiro, o bispo comenta que em Bagdad cresce a esperança à medida que diminuem as filas para comprar combustível e aumenta a segurança.
“A situação em Bagdad melhorou muito porque o Exército iraquiano controla toda a zona e captura a cada dia mais terroristas”, relata.
O bispo Andraos Abouna também referiu uma drástica redução do número de cristãos que buscam refúgio no estrangeiro. “Muitas famílias estão a regressar da Síria e creio que muita gente regressará ao Iraque no futuro”, conclui.