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Cristãos paquistaneses presos em Riad

Rádio Vaticano
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A Igreja Católica e organizações para os direitos humanos no Paquistão pedem ao governo de Islamabad que intervenha para salvar 40 cristãos paquistaneses recentemente detidos pela "Muttawa", a polícia religiosa da Arábia Saudita, em Riad. O Arcebispo de Lahore, D. Lawrence Saldanha, diz que "o governo deve tratar o caso sem nenhuma discriminação religiosa e actuar em favor desses compatriotas, como faz pelos demais imigrantes no exterior". Para o prelado, presidente da Comissão Justiça e Paz do Episcopado paquistanês, a prisão desses cristãos é "um grave episódio de discriminação religiosa e violação dos direitos humanos". D. Saldanha dirigiu-se também ao governo saudita, para que se comprometa a assegurar o "respeito pela liberdade religiosa". Os 40 cristãos paquistaneses foram presos quando celebravam a Missa numa casa particular, em Riad. A polícia encontrou livros e material audiovisual cristão. O director da agência missionária de notícias “AsiaNews”, Pe. Bernardo Cervellera, afirma que não existe liberdade religiosa na Arábia Saudita, e que "até há poucos anos atrás, para um cristão era proibido de rezar, inclusivamente na sua própria casa". Oito milhões de estrangeiros, quase todos cristãos; trabalham actualmente na Arábia Saudita, onde não é permitido construir lugares de culto não muçulmanos. Dos mais de 21 milhões de habitantes do país, os muçulmanos representam 93,7%.


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