Um grupo de 144 cristão de diversos países árabes e europeus, de diferentes confissões, fizeram um apelo aos membros do fórum, insistindo no reconhecimento da liberdade de mudar de religião.
Entre as reivindicações destes cristãos, está o facto de que a lei islâmica só se aplica a muçulmanos. Os fiéis de outras religiões são obrigados a pagar um imposto para viver e ter segurança em terra islâmica.
Os fiéis que assinaram o documento expressaram também a sua “alegria” pelos passos dados a favor de uma reaproximação entre cristãos e muçulmanos. Mesmo assim, os cristãos que moram em terras muçulmanas indicam que sua situação é vulnerável por conta do imposto que têm que pagar e do “aumento do islamismo fundamentalista”.
Fórum à porta fechada
Os participantes do Fórum comprometeram-se a não prestar declarações, sobre o encontro, com a comunicação social. Será dada a conhecer uma declaração conjunta. Esta iniciativa marca um novo capítulo no diálogo entre a Igreja católica e islâmica.
“Estamos comprometidos a não dizer nada antes de Quinta-feira, mas como pode perceber, estou contente”, declarou, sob anonimato um dos participantes muçulmanos à AFP.
29 representantes católicos conduzidos pelo Cardeal francês, Jean-Louis Tauran, Presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Interreligioso, e muitos muçulmanos presididos pelo mufi da Bósnia, Mustafa Ceric, estão juntos desde Terça-feira, para falar que visão têm as duas religiões sobre o amor de Deus e o amor ao próximo.
Segundo o programa oficial, o primeiro dia foi consagrado a uma exposição sobre os fundamentos teológicos e espirituais do cristianismo e do islão, seguido de debate.
Esta Quarta-feira, a discussão centrou-se na dignidade da pessoa humana e no respeito mútuo. Sobre esta questão, o Vaticano pediu garantias de liberdade religiosa para as minorias cristãs nos países muçulmanos.
O Fórum terminou esta manhã, depois de os participantes terem sido recebidos por Bento XVI.
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