Uma reunião celebrada no Vaticano constatou, baseando-se em relatórios dos bispos de Europa, que, apesar de a referência às raízes cristãs do continente estarem ausentes do projecto de Tratado constitucional, elas continuamo presentes na opinião pública.
A quinta reunião do conselho da Secretaria Geral para a Segunda Assembleia Especial para Europa procurou analisar a aplicação das conclusões do encontro de 1999, recolhidas por João Paulo II na exortação apostólica “Ecclesia in Europa”.
“Apesar da omissão no Tratado Constitucional da União Europeia, a ideia das raízes cristãs da Europa impôs-se na opinião pública, recolhendo um grande consenso entre os cristãos, católicos, ortodoxos e protestantes”, constataram os bispos.
Os participantes reflectiram sobre o livro recém-publicado de João Paulo II, “Memória e identidade”, no qual o Papa “apresenta de forma convincente o tema das raízes cristãs da Europa”.
No comunicado constata-se o “progresso das relações ecuménicas, ainda que nem sempre os esforços da Igreja Católica encontram fruto e correspondência nas diversas Igrejas”.