Cristianismo em risco na Terra Santa Fundação AIS 23 de Maio de 2005, às 11:02 ... A Ajuda à Igreja que Sofre visitou a Terra Santa no intuito de avaliar a dimensão da crise que está a atingir as comunidades cristãs e de verificar o que poderá ser feito para ajudar os cristãos em dificuldades neste paÃs. A presença cristã na sociedade israelita está em risco de desaparecer. No espaço de 40 anos, o número de crentes baixou de 20 por cento para menos de 2 por cento. Actualmente, existem pouco mais de 150 mil cristãos que têm de enfrentar quotidianamente discriminação no emprego, na escola, no próprio bairro. As razões desta discriminação prendem-se com a religião que professam, com o seu estatuto social e com a origem étnica (na sua maioria são árabes palestinianos). A tensão degenera frequentemente em violência: as comunidades cristãs são alvo de tiroteios esporádicos, ofensas verbais, ameaças anónimas e, por vezes, as pessoas são forçadas a abandonar as suas casas. Simultaneamente, o custo de vida e o desemprego, especialmente nos territórios palestinianos, têm vindo a aumentar. O Franciscano Pierbattista Pizzaballa comenta: "Parece-me que as pessoas no Ocidente não têm a noção que existem ainda cristãos a viver aqui, que necessitam da nossa ajuda". Também os académicos alertam para a hipótese de que o cristianismo venha a desaparecer da Terra Santa se a taxa de emigração entre os cristãos não diminuir. Recentemente, a Ajuda à Igreja que Sofre esteve na cidade de Mughar, onde a comunidade estava ainda em choque, três meses após 5 mil cristãos terem abandonado a cidade depois de um ataque de fanáticos drusos. Em Belém – uma cidade que está a desaparecer atrás da gigantesca muralha que está a ser construÃda pelas autoridades israelitas, no contexto da contÃnua luta pelo domÃnio dos territórios na Cijordânia – o turismo, as peregrinações e o comércio de artigos religiosos vive dias difÃceis. As famÃlias cristãs lutem para manter as suas lojas de artigos religiosos, mas os turistas são cada vez menos em Bethlehem devido à s dificuldades em ultrapassar os postos de controlo do exército e da polÃcia israelita. Em Ramallah, na cidade quartel-general da Autoridade Palestiniana, o Padre Nazaih salienta o sentimento anti-cristão existente: "Todos os muçulmanos gostam de vir para esta cidade. Pouco a pouco, os cristãos partem porque não podem viver com os muçulmanos. Existem alguns fanáticos que não gostam do facto de existirmos". O aumento do extremismo muçulmano está a causar um êxodo massivo numa cidade que antes da criação do Estado de Israel era inteiramente cristã. Entretanto, organizações como o Conselho de Jerusalém para Relações entre Judeus e Cristãos trabalham para quebrar as barreiras entre estas duas religiões. O director da organização, Daniel Rossing, descreveu que estes encontros entre judeus e cristãos estão a começar lentamente de forma a ultrapassar os preconceitos mútuos mas confessa que ainda existe "um longo caminho a percorrer". Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre Terra Santa Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...