420 especialistas de Teologia Moral, provenientes de 60 países, estiveram reunidos em Pádua (Itália) até ontem, para um debate sobre “a responsabilidade dos crentes no seu próprio compromisso moral e no crescimento de uma sociedade mais justa e pacífico”.
Este I Congresso Mundial de teólogos morais católicos foi promovido por um comité organizador liderado pelo jesuíta James Keenan, de Boston. Sob o tema “Ética teológica católica na Igreja mundial”, os vários especialistas debateram questões de âmbitos como a economia, a ciência, o meio ambiente, a família e a justiça social.
Na conclusão dos trabalhos, o Pe. James Keenan assinalou que o verdadeiro desafio global para a reflexão ética e moral é “fazer dialogar os direitos dos indivíduos com o bem comum, sabendo assim conjugar a tradição ocidental com a dos países do sul e do Oriente”.
Segundo este responsável, citado pelo jornal católico italiano “Avvenire”, o I Congresso de teólogos morais deixa pontes abertas para o futuro, desde logo com a criação de um “comité permanente para os teólogos morais da África”.
Cada continente deixou apelos específicos, desde as desigualdades sociais na América Latina à situação mais complexa na Europa, apresentada por Marianne Heimbach-Steins, Marciano Vidal e Piotr Mazurkiewicz.
Vidal, uma das figuras mais conhecidas neste âmbito da Teologia, convidou a “evitar a distinção entre a ética laica e a ética religiosa, repensando uma visão unitária que não exclua a especificidade dos instrumentos e dos conteúdos teológicos”.