Dia Mundial da Paz: 2018 começa com atenção a milhões de migrantes e refugiados
Papa Francisco quer Igreja comprometida na defesa de quem arrisca a vida em busca de segurança e estabilidade
Cidade do Vaticano, 01 jan 2018 (Ecclesia) - O Papa decidiu colocar os milhões de migrantes e refugiados da atualidade no centro do próximo Dia Mundial da Paz, com que os católicos começam o ano de 2018.
“Muitos deles estão prontos a arriscar a vida numa viagem que se revela, em grande parte dos casos, longa e perigosa, a sujeitar-se a fadigas e sofrimentos, a enfrentar arames farpados e muros erguidos para os manter longe da meta”, assinala Francisco na mensagem para o 51.º Dia Mundial da Paz, celebrado hoje pela Igreja Católica.
No texto intitulado ‘Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz’, o Papa convida as comunidades católicas a acolher “com espírito de misericórdia” todos aqueles que fogem da guerra e da fome, deixando a sua terra “por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental”.
“Estamos cientes de que não basta abrir os nossos corações ao sofrimento dos outros. Há muito que fazer antes de os nossos irmãos e irmãs poderem voltar a viver em paz numa casa segura”, assinala o documento.
O Papa recorda o trabalho realizado por Santa Francisca Xavier Cabrini, padroeira dos migrantes, falecida há 100 anos.
“Esta pequena grande mulher, que consagrou a sua vida ao serviço dos migrantes tornando-se depois a sua padroeira celeste, ensinou-nos como podemos acolher, proteger, promover e integrar estes nossos irmãos e irmãs”, refere.
O Dia Mundial da Paz foi instituído pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano.
OC
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