Entidade dá prioridade aos excluídos do sistema financeiro e a projectos com impacto social
Qualquer pessoa tem, hoje em dia, sérios problemas para controlar qual a utilização que os bancos fazem do seu dinheiro, dado agravado pelo facto de as alternativas ao sistema financeiro tradicional serem escassas. As Dioceses do País Basco e outras 20 organizações católicas uniram-se, agora, ao projecto que vai concretizar, em Outubro, o primeiro “banco ético” no país vizinho.
A iniciativa é da responsabilidade da Fundação Inversão e Poupança Responsável (Fiare), criada em Bilbau no ano de 2003 por 52 organizações representativas da imensa maioria do tecido social basco, entre as quais se destacam as três dioceses da comunidade autónoma e una vintena de entidades católicas.
Para colocar em marcha o serviço da banca ética, a Fundação assinou em Abril passado um acordo de colaboração com a italiana Banca Popolare Etica, que oferecerá a cobertura necessária.
Peru Sasia, director geral da Fiare, explica que o objectivo é “aproximar as pessoas insatisfeitas com o sistema financeiro das necessidades dos excluídos da banca tradicional”.
A diferença fundamental que traz este modelo é a ampla capacidade para prestar contas aos clientes. Desde um primeiro momento, é pedido às pessoas que manifestem quais os seus interesses sobre projectos ou pessoas a serem financiadas pelo banco.
Mais informações em www.fiare.org
