Diplomacia do Vaticano, protagonista de paz Agência Zenit 16 de Março de 2005, às 10:19 ... A diplomacia da Santa Sé quer ser uma “humilde semente de pazâ€, mais do que uma “protagonista do cenário internacionalâ€, assegura o secretário para as Relações com os Estados. D. Giovanni Lajolo O arcebispo Lajolo, em declarações concedidas à agência televisiva “Rome Reportsâ€, fala do actual processo de reforma das Nações Unidas, pedindo que se precisem “muito claramente as novas prerrogativas particulares†que se propõem para facilitar a acção da ONU “na prevenção de conflitosâ€. Em particular, o arcebispo italiano considera que é necessário fazer possÃvel “uma intervenção humanitária, ou seja, uma intervenção que tenha por objectivo desarmar o agressor injustoâ€. D.Lajolo ilustra a contribuição oferecida por João Paulo II nestes mais de 26 anos de pontificado à diplomacia, constatando que as representações pontifÃcias (nunciaturas) passaram de 107 para 174, sem contar com as 17 representações perante as organizações internacionais. O prelado reconhece que em certas ocasiões a acção diplomática da Santa Sé experimentou fracassos, como em tempos de Bento XV e Pio XII antes das duas guerras mundiais, ou, recentemente, no caso de João Paulo II por ocasião da guerra no Iraque. “Mas a história deu razão aos Papas. Infelizmente, quando se amordaça a diplomacia, falam as armasâ€, constata. “Quero acrescentar que, além dos conhecidos casos de êxito ou fracasso da diplomacia vaticana, há toda uma actividade diplomática da Santa Sé, coberta pela necessária reserva, orientada para superar os contrastes, expor as razões e as expectativas da outra parte, propor possÃveis pontos de encontroâ€, sublinha. No que se refere ao processo de paz na Terra Santa e no Iraque, D. Lajolo afirma que “o primeiro auspÃcio é o cessar de qualquer acto de violênciaâ€. “Depois, requer-se que comece um diálogo sério entre as autoridades israelitas e palestinianas, ou seja, um diálogo no qual cada interlocutor não só apresente, como é óbvio, as suas próprias petições, mas se comprometa a fundo para compreender as boas razões da outra parteâ€, indica. As populações cristãs dessas terras preocupam D. Lajolo, pois há o perigo de um êxodo pela situação de marginalização em que se encontram, apesar de que são minorias que estão ali presentes desde os tempos dos apóstolos. Por este motivo, assegura, “a Igreja e a Santa Sé não podem sentir-se alheias à s negociações em cursoâ€. A Ãfrica também preocupa profundamente o Papa e a Santa Sé, explica o prelado, em particular a situação de alguns paÃses, como os da região dos Grandes Lagos, “nos quais a situação polÃtico-social é humanamente insuportávelâ€. O secretário vaticano para as relações com os Estados aplaude a onda de solidariedade suscitada no sudeste asiático após o tsunami de 26 de Dezembro, mas pede que continue “durante muito tempo†esta “obra de auxÃlio à s populações e de reconstruçãoâ€. Em particular, reconhece que fazem falta “projectos de grande alcance, alongo prazo, ajustados com os paÃses dispostos a realizar investimentos especÃficosâ€. Santa Sé Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...