Vaticano

Discriminações contra a minoria cristã no Paquistão

Agência Zenit
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Os textos e os programas escolares do Paquistão não consideram a pluralidade religiosa que caracteriza a sociedade paquistanesa. É o que constatam dois relatórios dos quais se faz eco na agência «AsiaNews», do Pontifício Instituto de Missões Estrangeiras. Um procede do Instituto de Polícia de Desenvolvimento Sustentável (SDPI) de Islamabad, que alerta que para eliminar a discriminação religiosa é necessária uma reforma dos programas escolares. Segundo sua análise, há mais de 20 anos os conteúdos dos programas didácticos e dos livros de texto oficiais são contrários aos objectivos e valores de um Islão moderado e progressista. A mesma ideia é partilhada pelo Centro para o Desenvolvimento Humano (HDC), dirigido pelo sacerdote católico Bonnie Mendes, que denuncia as discriminações que os programas de estudo contêm contra as minorias, especialmente contra os cristãos. “Os manuais escolares promovem uma ideia de nacionalismo paquistanês segundo a qual os não-muçulmanos não só não podem ser considerados paquistaneses, mas nem sequer bons seres humanos”, referem. Dos quase 160 milhões de habitantes do Paquistão, 97% são muçulmanos (dos quais 77%, sunitas).


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