Vaticano

Discussão sobre símbolos religiosos nas escolas chega à Bélgica

Octávio Carmo
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A polémica à volta da presença de símbolos religiosos nas escolas chegou à Bélgica. O ministro belga do Interior, Patrick Dewael, exortou o Governo a preparar legislação idêntica à que será discutida no parlamento francês no próximo mês. "Para mim é claro que os alunos de uma escola pública não podem usar um véu ou outro símbolo religioso que os distinga", defendeu o ministro num artigo publicado em vários jornais no passado sábado. As posições belgas costumam seguir os exemplos que vêm de França – como aconteceu no caso da referência às raízes cristãs da Europa no futuro Tratado Constitucional da UE. João Paulo II lançou ontem um apelo, no seu discurso ao corpo diplomático presente na Santa Sé, para que a Europa não siga “atitudes que poderão pôr em perigo o respeito efectivo da liberdade de religião”, numa clara referência à nova lei sobre a laicidade aprovada na França. O Papa vincou que a laicidade “não é outra coisa que o respeito de todas as crenças por parte do Estado, que assegura o livre exercício das actividades de culto, espirituais, culturais e caritativas das comunidades de crentes”.


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