Vaticano

É impossível trabalhar para uma justiça social à escala mundial

Octávio Carmo
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Denúncia da Conferência das Comissões Justiça e Paz europeias

Com os actuais instrumentos comerciais é impossível chegar-se a uma justiça social à escala mundial, sobretudo depois do falhanço das negociações em Cancun no passado mês de Setembro. A denúncia vem da Conferência das Comissões Justiça e Paz europeias, que esteve reunida em Genebra no início desta semana para debater a complexidade das realidades socio-económicas da actualidade em que “o mundo ordenado pela geografia dá lugar a uma rede em que tudo se mistura e os poderes económicos assumem cada vez mais poder”. “Os procedimentos da OMC apenas levam em conta as questões comerciais e não integram os direitos humanos e ambientais: falta uma instância internacional que permita integrar estes domínios para fazer prevalecer a prioirdade do desenvolvimento sustentável na governação mundial”, refere hoje o comunicado final da Conferência, enviado à Agência ECCLESIA. Os participantes defendem ainda que tanto a Ocidente como a Leste, a realidade europeia precisa de ser debatida, de modo a “reforçar o tecido social tanto no plano local como no plano internacional”. Estiveram representados 18 comissões, entre as quais as portuguesas, sob a presidência de Josef Bieger, da comissão nacional suíça. As comissões foram convidadas a juntarem-se à Organização Internacional do Turismo para trabalhar em favor de um Conselho de segurança económica e social, ficando esta hipótese em aberto. Ver também • Comissões europeias Justiça e Paz contestam injustiças da globalização


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