A educação é a ferramenta estratégica fundamental para superar o racismo, que continua a “envenenar” as relações humanas, segundo o Vaticano.
O arcebispo Silvano Maria Tomasi, observador permanente da Santa Sé, dirigiu-se à Comissão das Nações Unidas sobre Direitos Humanos para referir que “ a educação sobre os direitos humanos deve ir para além das expressões externas de uma cultura, para tocar o sistema de valores e as crenças espirituais que fundamentam a identidade de um povo”.
“A ferida do racismo continua a envenenar as relações humanas. As formas que assumem as manifestações contemporâneas do racismo são evidentes nas atitudes espontâneas, toleradas oficialmente ou, às vezes, institucionalizadas”, denunciou o prelado.
O representante católico pediu um compromisso de todas as partes, destinado a “eliminar os muros construídos pelas discriminações e pelas circunstâncias históricas”. Nesse sentido, destacou o papel fundamental das religiões, que “lutam por incutir este profundo sentido de tolerância e ao mesmo tempo de alentar este ensinamento, antes de tudo com o exemplo”.
A segunda intervenção do arcebispo Tomasi centrou-se no “direito ao desenvolvimento” que fundamenta o dever da cooperação internacional.
“Se a globalização faz com que cada um dos Estados seja menos autónomo, impõe maior responsabilidade à comunidade internacional para ajudá-los a garantir o direito do desenvolvimento”, sublinhou o arcebispo.
