Vaticano

Encontro de Igrejas lusófonas é uma oportunidade única para a Guiné-Bissau

Octávio Carmo
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D. José Camnate manifestou ontem o seu desejo que os encontros entre os bispos lusófonos e a sociedade guineense possam ajudar a Guiné-Bissau “a reencontrar-se, a confiar em si mesma e a acreditar que há mais vantagens no perdão que no uso da força.” Falando no final da conferência subordinada ao tema “Igreja, Paz e reconciliação”, o Bispo de Bissau considerou que as palavras proferidas, por diversas ocasiões, pelos intervenientes, “tocaram directamente os problemas actuais do país.” O anfitrião do V encontro das presidências das conferências episcopais das Igrejas lusófonas, que decorre em Bissau até hoje, classificou o evento como um “espaço de diálogo entre as Igrejas lusófonas”, mas também “entre estas e a sociedade guineense”. O momento alto do penúltimo dia da assembleia foi a conferência proferida por D. Damião Franklin. Abordando aquilo a que chamou “os direitos de terceira geração” – o direito à paz, ao desenvolvimento e ao meio ambiente – o também presidente da conferência episcopal angolana advertiu que estes direitos devem ser proporcionados aos cidadãos de uma forma eficaz. “Os africanos querem planos sérios e objectivos de desenvolvimento”, afirmou o prelado. No final da sessão de trabalho desta manhã, os participantes darão conta dos temas debatidos e das preocupações das Igrejas irmãs através de uma conferência de imprensa e de um comunicado final.


Igrejas Lusófonas