Vaticano

Episcopado timorense exige ensino obrigatório da Religião na escola pública

Agência Ecclesia
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Os bispos católicos de Timor-Leste criticaram duramente a decisão do Ministério da Educação de passar a disciplina curricular de Religião de obrigatória a facultativa. D. Alberto Ricardo, de Díli, e D. Basílio do Nascimento, de Baucau, consideram que a decisão do governo liderado por Mari Alkatiri denota "falta de sensibilidade" e "preconceito". Numa Nota Pastoral, divulgada pela agência Lusa, os prelados criticam a decisão do governo de retirar à disciplina de Religião o peso curricular das restantes cadeiras para a avaliação do estudante no final de cada ano lectivo. A decisão governamental remete para as várias confissões religiosas o ónus do ensino da até agora disciplina obrigatória de Religião, pagando designadamente aos professores que a leccionem. A decisão do governo tem carácter experimental e será aplicada em 32 escolas dos 13 distritos, durante os primeiros seis anos de escolaridade. "Tendo em conta o facto de que a grande maioria da população da Nação timorense é Católica por opção e por convicção, discordamos profundamente (da decisão governamental), por vermos nela uma falta de sensibilidade para com uma das dimensões da existência humana em geral e a do Timorense em particular", escrevem os bispos. "Estamos a falar de dimensão religiosa na vida humana, não apenas na sua acepção cristã, e muito menos apenas da católica, embora esta seja a de maior expressão entre o povo timorense. Saibamos distinguir as coisas, e não nos deixemos guiar meramente por preconceitos", acrescenta a Nota Pastoral.


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