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Equador: Católicos das Galápagos no limbo do esquecimento

Fundação AIS
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D. Manuel Antonio Valarezo Luzuriaga, Prefeito Apostólico das Ilhas Galápagos, disse à Ajuda à Igreja que Sofre que neste momento trava um combate contra a pobreza, a escassez de padres e a remota localização das ilhas. "A minha prioridade é fortalecer o contacto entre padres e missionários, mas a maior dificuldade para os missionários é chegar à missão muito distante situada em San Cristobal. A nossa missão é muito pobre e não consegue assegurar a viagem até aqui nem o necessário para o seu sustento na ilha", afirmou D. Valarezo. Às dificuldades para encontrar padres dispostos a servirem nas ilhas acrescem "os problemas com as restrições governamentais relativas à entrada de estrangeiros". D. Valarezo explicou que o Equador, que tutela as Galápagos, não permitirá a entrada de missionários estrangeiros por recear que estes possam trazer um impacto negativo no sector do ecoturismo. Apesar do bispo viajar até Quito trimestralmente em busca de novas vocações, os seus esforços têm-se revelado infrutíferos. De momento existem apenas 5 seminaristas a estudar em Quito, um dos quais nativo das Galápagos. Dos 30 missionários leigos e religiosos na ilha, são apenas 8 os padres que assistem as comunidades católicas nas duas ilhas principais, San Cristobal e San Elena, e entre elas há uma distância de 5 horas de viagem. A remota localização das ilhas convertem-nas num refúgio para aqueles que se divorciam ou que procuram evitar escândalos, disse o D. Valarezo. Tudo isto e juntamente com a crescente apatia dos cerca de 14.500 católicos tem tido um impacto negativo na fé dos cristãos das Galápagos. No entanto, D. Valarezo continua confiante. Espera arranjar meios para o transporte de missionários a San Cristobal para um retiro espiritual e 12 missionários estão a estudar na Universidade de Loja, por correspondência, na esperança de poderem vir a dirigir escolas e universidades nas ilhas. O bispo espera ainda conseguir construir e equipar uma casa que acolha uma congregação de irmãs para trabalharem nestas ilhas, santuário ecológico de mais de um milhão de animais, incluindo espécies que apenas se podem encontrar aqui.

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